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Os desafios dos relacionamentos e sua superação
Muitas pessoas buscam um **relacionamento como meta de vida**, mas até encontrar o parceiro ideal, pode ser uma jornada longa. Além disso, quando encontrada a pessoa certa, é necessário esforço mútuo constante para manter um relacionamento saudável. Isso implica em evitar certos hábitos prejudiciais.
Esses hábitos podem incluir **crises de ciúme**, escândalos públicos, **chantagens emocionais**, **declarações de amor intensas** e exageradas em público. No entanto, alguns indivíduos parecem viver **relacionamentos baseados em doses generosas de drama**, podendo trazer uma série de questionamentos. Seria uma maneira de chamar atenção? Ou manter a chama do desejo sempre acesa? Isso poderia ser um exemplo de um amor disfuncional? Essas questões são complexas, pois os relacionamentos carregam características e particularidades próprias.
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Existem várias **hipóteses** que podem explicar essas relações tão intensas e dramáticas, conhecidas como **relações histriônicas**. Compreendê-las pode auxiliar casais a buscar a autoanálise e a mudança necessária, otimizando sua convivência.
Compreendendo as possíveis razões
Necessidades sendo preenchidas (mesmo inconscientemente)
Os casais possuem diferentes maneiras de se relacionar. Geralmente, as pessoas buscam por parceiros que entendem e supram suas demandas. Isso pode implicar na projeção da nossa **sombra psicológica**, o lado da personalidade que acolhe instintos que tendemos a controlar, como raiva, ódio, inveja, entre outros. Por isso, pessoas dramaticamente similares tendem a se envolver, pois se reconhecem.
Herança de uma forma ensinada de amar
Muitos comportamentos são aprendidos na infância por meio do convívio com os pais ou cuidadores. Assim, é possível que pessoas se inspirem nos modelos que internalizaram ao longo dessa fase, incluindo exageros, berros e atitudes impulsivas. Todos esses elementos podem ser reproduzidos na vida adulta.
Dificuldade em se entregar completamente à relação
Existem casais que preservam um relacionamento instável, marcado por conflitos constantes. Essas **brigas frequentes podem distrair a relação e prejudicar a construção de um ambiente de intimidade e cumplicidade.** Na verdade, o que existe não é uma satisfação genuína, mas uma distância. O drama, as emoções exacerbadas, o choro, as declarações intensas de amor e a intimidade física intensa após tempestades emocionais servem como forma de aproximação entre as partes.
Casais emocionalmente reprimidos
A origem do modo como se relacionam pode estar na família, que já apresentava dificuldades em se comunicar abertamente sobre pensamentos e sentimentos. Pessoas emocionalmente reprimidas muitas vezes precisam de um motivo para desabafar o que está guardado dentro de si. Por isso, um parceiro acaba provocando o outro, que replica a atitude, mantendo um ciclo neurótico de equilíbrio.
Presença de um transtorno de personalidade não tratado
O **Transtorno de Personalidade Histriônica** é caracterizado pela **excessiva emoção e busca por atenção.** Pessoas com esse diagnóstico frequentemente sentem prazer em criar dramas, mesmo sem controle sobre isso. Normalmente, esse tipo de personalidade compreende também comportamento antissocial, Síndrome de Borderline e narcisismo. Em alguns casos, sintomas depressivos e distimia também são observados. Muitas vezes, pessoas com essas características se atraem e se identificam, resultando em um relacionamento.
É possível romper o padrão?
Os **relacionamentos histriônicos** podem durar anos, até mesmo a vida inteira. Porém, isso não significa que apresentem uma convivência afetiva de qualidade. Há o risco de desgastes provocados pelas oscilações emocionais causarem tanto um adoecimento físico quanto emocional. Mesmo quando o amor está presente, a simbiose pode gerar insatisfação, estresse, conflitos em outros relacionamentos, como os familiares e profissionais.
Certa dose de drama pode ser até benéfica no relacionamento, uma vez que permite que o casal expresse mágoas, cobranças e ressentimentos. Contudo, uma quantidade exagerada de drama e conflituosidade pode afetar drasticamente a saúde mental e, em alguns casos, evoluir para agressões verbais e físicas.
Um diálogo aberto é fundamental para evitar situações extremas. Quando o casal notar a presença de um padrão problemático, a busca por ajuda profissional, por meio de uma terapia de casal ou individual, pode ser a melhor solução. Essa intervenção ajuda a identificar a origem dos comportamentos disfuncionais e oferecer ferramentas emocionais para resignificar a relação.
Fonte: UOL